12 de out. de 2008

1 milhão acompanham a Trasladação. Ana é um deles.



Ana acompanhando a Trasladação.

Trasladação reúne cerca de 1 milhão de romeiros


Da Redação
Agência Pará

Luzes e cores na procissão noturna do Círio de Nazaré. É o que se vê na Trasladação pelas ruas do centro de Belém, neste sábado (11). A corda foi atrelada à berlinda, às 18h40, em frente ao colégio Gentil Bittencourt, dando início à quinta procissão da festa religiosa. Esta romaria é o inverso do percurso de 3,7 Km realizado na grande procissão deste domingo 12, e a previsão é que se encerre às 23h30, na Catedral Metropolitana - Igreja da Sé, no bairro Cidade Velha.
No trajeto, percebe-se a emoção dos romeiros, alguns agarrados à corda no pagamento de promessas, outros nas esquinas das ruas e travessas que cortam a avenida Nazaré - uma das principais da capital paraense -, e alguns nas janelas dos vários prédios.
O objetivo é comum: agradecer pelas graças alcançadas. A expectativa é que mais de 1,1 milhão de pessoas estejam acompanhando a Trasladação. O seu crescimento nos últimos anos pode ser medido pela disputa por espaço da corda, que já se aproxima ao que acontece na grande procissão de domingo. “A gente chegou aqui e as pessoas já estavam em fileira, como se a corda estivesse no chão. E quando colocaram a corda, foi um desespero para tocá-la. Ainda não consegui, mas no meio do caminho muitos desistem e sobra uma vaga”, comentou Jordana Calvinho, 19.
Agradecimentos e pedidos na lista da jovem promesseira, como a aprovação no vestibular para o curso de Odontologia, na Universidade Federal do Pará (UFPA). Ela é exemplo do que se transformou a procissão: ser conhecida por atrair jovens aprovados ou em fase de seleção para as universidades. “A gente sente um misto de coisas quando está aqui. É a segunda vez que acompanho a Trasladação. Ano passado fui cuspida algumas vezes da corda, mas em frente ao Clube de Engenharia, ainda na avenida Nazaré, consegui segurar novamente e ir até o final. E no ano que vem virei de novo, aprovada ou não, por causa dessa emoção que não dá para descrever”, frisou Jordana.
Os idosos ladeados pela família também optam pela procissão noturna devido ao clima mais ameno que no dia da grande procissão. Há quase 50 anos, Raimunda Monteiro, 79, acompanha a Trasladação. A primeira vez foi quando se mudou do Amazonas para capital paraense. “Foi em 1960. Vim pedir a Deus a ajuda necessária para criar minhas filhas, tenho quatro. Eu saí de Belém, em 1980, mas sempre dou um jeito de vir ao Círio. Peço também não só para minha família, mas para todos que aqui fazem a sua homenagem”, disse.
Ela estava acompanhada da sobrinha Raimunda Militão Alves, 53, e mostrava a energia que diz ser revigorada toda vez que participa da procissão.
Na avenida Nazaré, as homenagens não cessam. Em prédios de escolas religiosas, como os colégios Santa Catarina e Nazaré, clubes de futebol, como o Remo e o Paissandu, e condomínios foram montadas pequenas arquibancadas em que se apresentaram corais musicais e soltaram fogos de artifícios. “É uma angústia vê-lo na corda, por isso prefiro vir e abaná-lo e dar água quando precisa. Eu dou força da forma que é possível para que ele não desista”, falou Marilene Coelho, 47, que acompanhava o esposo, um promesseiro na corda.
Por volta das 22h, a berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré já se aproximava da curva na avenida Presidente Vargas, onde receberá mais homenagens.
Texto: Fabíola Batista / Secom

Um comentário:

Anônimo disse...

Marcelo sinceramente gostei de ver minha governadora participando ativamente de todas as preparação do CIRIO,pode ver ali uma ANA JULIA simples misturada aos comuns como eu e isso me fez muito bem,parabens governadora continuo tendo a certeza que fiz muito bem ter votado na senhora,muita sorte.